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Por John Lenon da Silva!

A importância da arrogância é que colocando-a em contraste com a humildade, essa última por si só brilhante, pulsa e cintila, pondo a primeira a derreter-se como as asas de Ícaro. Se eu fosse um Querubim levaria esse menino para dançar para Deus. De todo modo, penso que disse uma tremenda besteira, pois não é possível dançar desse modo sem já ter Deus dentro de si. É como se fosse uma ária de Bach transformada em dança! Capturei esse vídeo do mural da Cris Sgobi, uma querida afilhada de formatura e ex-aluna. Já compartilhei no facebook, mas não podia deixar de publicar no Blog. Difícil não se emocionar!! Acesse o link abaixo e bom proveito!!!

Marcondes.   28 de Novembro de 2012

http://www.youtube.com/watch?v=BNzEKQUMssc

Para Ardinello!

Há uma semana o mundo perdeu um semeador de árvores! Um apaixonado por madeira de lei. O fato de ter sido marceneiro lhe deu essa virtude. O cheiro da madeira lhe era tão familiar que era capaz de distinguir uma da outra pelo aroma. Conhecia às árvores à distância. Aprendi com ele a identificar um pé de cedro de longe. Viajava quilômetros, às vezes à pé, para colher sementes de canela noz moscada, canafístula, ipê, cedro. Colhia centenas delas e as plantava em saquinhos de terra. Depois que as mudas estivessem firmes, saia procurando um bom lugar para plantá-las. Homem muito simples, humilde, tímido, honrado e absolutamente transparente. Em minha memória fica tua imagem com a inseparável calça de brim azul e uma camiseta Polo (com bolso) e todo salpicado de serragem. Convidado à cerimônia de bodas de ouro de um amigo, do qual havia sido padrinho na época do casamento, aceitou o convite desde que pudesse vestir o paletó por cima de uma camiseta Polo. Apreciador de uma caninha, à qual chamava de aperitivo, fumante e apreciador de música sertaneja era uma pessoa autêntica. Há pessoas que muito nos ensinam pelo tanto que estudaram, outros porém, nos ensinam tanto, sem nada ter estudado. Conheço muitos que parecem ter sido concebidos por uma transferência de dados via wireless, você, no entanto, nasceu da terra e em suas veias corria seiva vegetal, seus pés eram raízes e seus braços eram galhos de árvores. Reconheço o direito de Deus em requisitá-lo, mas cara!! Você vai fazer muita falta entre nós. Que seus netos herdem de ti igual amor pela natureza! Ser teu genro foi uma grande honra. Você é uma das minhas referências!

A Paulo Castelli!

 

Querido Amigo! Foi uma honra ter te conhecido. De ti só tenho boas lembranças. Nada, que não seja virtude cola na imagem que tenho de ti em minha memória. Talvez você chegue ao céu com meias de cores trocadas nos pés, mas lá esses detalhes já não terão importância alguma, pois creio que, nesse lugar, se encherga com o coração. Na certa, vais voltar a enxergar como um menino. Esse menino que nunca deixaste de ser, por dentro, apesar do profissionalismo com que sempre conduziu o teu trabalho, enquanto esteve por aqui,  ao nosso lado. Não tenho dúvidas de que a contabilidade no céu vai melhorar e os anjos vão se alegrar com a tua chegada. Uma pessoa do teu caráter, com certeza, pode descansar em paz. Teus pecados não farão sombra às tuas tantas qualidades. Tua partida deixa o mundo mais pobre e o céu mais rico. Que teu espírito repouse nos braços do Senhor e que Ele nos ajude a encontrar consolo pela tua perda! Que os anjos te repassem o abraço que gostaria de te dar antes da tua partida. Adeus !

À Marcelo Carrilho !

Ouvi que não podemos escolher quando nem como  iremos partir, contudo, podemos escolher  como viver até que toque a trombeta anunciadora da partida.  A vida de uma pessoa é como um cometa que passa em linha reta, talvez curva, talvez em espiral, conforme a crença de cada um. Contudo, desse ou daquele modo, você foi um desses cometas que passam por nós esparramando brilho e deixando rastros  de  amizade e companheirismo. Agora que se distancia  rumo à eternidade e já não podes mais nos presentear com tua doce presença, leve contigo a certeza de que foi uma honra tê-lo entre nós. Que Deus o acolha e conforte os corações de todos nós que sempre tivemos em você um verdadeiro amigo!

A você que também é mãe!

De todas as cores, de todas as idades, de todos os pesos, de todas as culturas, de todas as origens, de todas as espécies, de todas as classes sociais, de todas as cinturas, de todos os países, de todos os bustos, de todas as alturas. De todas as virtudes, de todas as belezas, de todos os defeitos, de todas as plásticas, de todos os vícios, de todos os prazeres, de todos os sacrifícios, de todos os ciúmes, de todos os poderes, de todas as sensualidades, de todos os respeitos, de todas as dores, de todas as coragens, de todos os medos, de todos os amores. De todas as verdades, de todas as incertezas, de todos os segredos, de todos os risos, de todas as lágrimas, de todas as solidões. De todas as amarguras, de todas as paixões, de todos os beijos, de todos os afagos, de todas as alegrias, de todos os nãos, de todas as permissões. Legítimas, adotivas ou por vocação. De todas as broncas, de todos os perdões, de todos os trabalhos, de todos os shoppings, de todas as cozinhas, de todos os fogões, de todas as cidades, de todos os sertões. De todos os conselhos, de todas as reuniões, de todas as igrejas, de todas as religiões. Moderna, antiquada, chique, brega, tratada como rainha ou abandonada, casada na igreja, no civil ou ajuntada. Em nome de todos os filhos – dos que se lembraram, dos que se esqueceram,  dos extrovertidos, dos tímidos, dos pequeninos, dos jovens, dos que já envelheceram, dos amorosos, dos ingratos, dos drogados, dos caretas, dos famosos, dos esquecidos, dos que só se fartaram, dos que só sofreram, dos estudiosos, dos analfabetos, dos ricos, dos pobres, dos remediados, dos presos, dos livres, dos ateus, dos cheios de fé, dos que já perderam a esperança – a ti, em tua homenagem, essa singela flor. Que com ela te chegue também o amor e as bênçãos de Deus! Feliz dia das mães!

Nenhum obstáculo resiste à força de vontade!

Ana Amália Tavares Barbosa (46), não fala, não pode mastigar, nem engolir, não se move, desde julho de 2002, quando sofreu um AVC. Contudo, Ana pinta, estuda e ensina arte a crianças que nasceram com paralisia cerebral. Tudo isso usando o olhar, um leve movimento de queixo e um programa de computador desenvolvido especialmente para ela. Nesta terça (09 de Maio de 2012), às 14h, a artista plástica Ana Amália, defendeu sua tese de doutorado em arte e educação (aprox. 175 páginas) no Museu de Arte Contemporânea da USP, iniciada quando já estava paralisada. Ana faz ainda mais uma coisa, me emociona, por sua, bravura e força de vontade. Ana, mais do que uma vida, um propósito!

No scrípt da vida há momentos sem vupt!

Amado Mestre! Os céus devem estar de brincadeira! Saiba que essa foi a piada mais chata que ouvi desde quando tu inventaste o humor, na minha vida adulta, pois antes de ti, só Arrelia, por quem a criança, que habita em mim, também já chorou a pouco tempo atrás. Em um país de tanta desigualdade, alguém como tu, que democratizava a graça, não deveria partir assim tão prematuro,  pois 80 anos para alguém da tua estatura é como se ainda fosses um bebê! Quem é esse que virá me fazer rir de mim mesmo, da minha própria condição de otário, em mundo de tantos espertos? Quem é esse que virá resgatar os aposentados do riso? Quem será o palhaço, que com tanta humildade e sabedoria, me fará rir da pobreza de espírito, da vaidade e da arrogância, de todos aqueles que poderiam tornar a vida de tantos mais divertida, mas não o fazem? Quem me fará rir sem ser pastelão, sem ser chulo, sem ridicularizar o alheio, sem apelar por demais ao sexo? Quem será esse meu mestre? Às vezes me passa que criaste o humor e jogaste a receita fora! Gostaria muito de te pedir para voltar, mas os anjos vão ficar muito sem graça e já que tu tens mesmo que partir, só me resta te dizer: Tudo bem mestre, seja lá para onde for, vai feliz pelo legado que deixaste e, quando chegar lá, “Ripia Raimundo”!!!