Investir em um lançador de mísseis teleguiados, com rastreamento infravermelho e detector automático de fontes de calor, para matar pardais, sem dúvida, é um exagero. Contudo, sabendo disso, nenhum dragão, em sã consciência, ousaria sentar no telhado da tua casa!
Apesar disso, pense melhor para investir. Porém, quando o fizer, faça-o à altura do teu merecimento. Não se contente com algo pela metade, incapaz de fazer a tua alma sorrir.
Sabe?
Talvez você não se tenha convencido disso ainda, mas você, merece o melhor! Vale lembrar, que o melhor, nem sempre, é o mais raro! Pode não ser também o mais caro! Mas, quem sabe o seja!
É possível que o melhor seja, apenas, o mais adequado às circunstâncias do momento vivido! Ou ainda, aquilo que venha a confortar o teu espírito sonhador!
De todo modo, escolha algo que se encaixe com o teu ser. Certifique-se de que ao obtê-lo, serás capaz de usufruir plenamente dele. Alguma coisa que não esteja acima e nem abaixo da tua competência ativa ou potencial de fazer bom uso daquilo que tiver sido adquirido. Seja o que for, que possa isso fazê-lo sentir-se completo, satisfeito, realizado, pleno e, acima de tudo, feliz!
Como, então, fazer o melhor para si e em justa medida?
Siga a linha tênue que separa o merecimento da ostentação, o amor próprio da vaidade. Simples assim!
As pessoas, de modo geral, tem como objetivo comum a busca da felicidade. Para tanto investem na aquisição de seus objetos de desejo. Quando logram êxito, sentem-se felizes. Contudo, na maioria das vezes, assim que realizada a conquista, voltam a sentirem-se vazias. A sede de realizações, costuma ser ambiciosa e a felicidade estará sempre vinculada àquilo que ainda não se tem.
Para a maioria das pessoas comuns, nunca haverá o “isso me basta!” O objeto de desejo vai subindo de patamar e elas viverão em constante estado de ansiedade, até que finde os seus dias. Muitos, para compensar um amor não correspondido, alguma rejeição sofrida na infância, uma frustração da adolescência, a ausência de carinho dos pais, viverão em busca de algum tipo de compensação, muitas vezes, materializada em forma de bens de consumo ou comida em excesso, que nunca os preencherão do vazio que sentem!
Porém, quando suas pálpebras se fecharem pela vez derradeira, que sentimentos terão em seus corações? Que legado terão deixado além de uma lista de bens materiais, que começarão a ser disputados pelos herdeiros, enquanto o corpo do infeliz sequer passou pela autópsia.
Li, certa vez, que só um rato idiota, se esconderia dentro da orelha de um gato. Por outro lado, só um gato muito esperto, procuraria um rato nesse lugar!
Isso me leva a crer, que a verdadeira felicidade não esteja na busca de algo concreto obtido para si mesmo. Possivelmente, esteja em algo, por demais, abstrato, que possa servir não ao próprio ego, mas, antes disso, que tenha o propósito de suprir ao próximo.
A experiência tem me mostrado, que sempre que alguma pessoa oferece um presente ou realiza um sonho de alguém, que de forma alguma, teria como satisfazer-se por si só, quem presenteou, sente-se mais feliz do que o agraciado.
Estou convicto de que a felicidade reside no amor. Porém, como ouvi certa vez de uma pessoa querida:
“Ninguém pode dar do que não tem!”
Seja carinhoso consigo mesmo, desse modo, não será tentado a tratar mal os demais por desforro de sua própria dor! E, se um dia, te faltar o amor de um filho, de um irmão ou de um pai, achegue-se ao amor de Deus, que é perene, justo e inigualável! Duvida?
Marcondes, 21 de novembro de 2018 04:47