Tag Archives: Sensibilidade

Julgamentos precipitados conduzem ao erro!

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Conta-se que certa vez, uma jarrinha, ouvindo os lamentos de um homem que ardia em febre, com a boca ressecada de sede, suplicando para que alguém lhe trouxesse, ao menos, um gole d’água, sentiu-se tocada! Aparentemente,  o desafortunado fora esquecido por todos em seu leito improvisado, em um corredor de hospital e ela, a jarrinha, ainda que natureza morta, ante tamanho flagelo, sensibilizou-se!

Por conta disso e por razões que só mesmo a paranormalidade poderia explicar, sentiu a jarrinha tal compaixão que, graças a um superlativo esforço e vontade própria, conseguiu deslizar-se sobre uma pequena mesa, junto da maca, até aproximar-se o suficiente da mão do enfermo. Tal fato, embora pareça ao leitor uma ficção, só foi possível porque, nesses tempos, o descaso com a saúde pública era tanta, que até os objetos começaram a se apoderar de ânimo, como que tomando para si missões, que por lógica, caberiam obviamente aos humanos.

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O que fizeram da tua sensibilidade?

A ManacásOntem quando saiu ainda estava escuro. O dia lhe passou como um flash fotográfico de uma câmera sem memória! Quando todo dia se torna apenas a repetição do que foi ontem, já não há o quê e nem porquê registrar alguma coisa! Com uma vida tão igual a de tantos outros, aceitar o que é imposto parece, mesmo, ser o único caminho.  Quando retornou, já estava  escuro novamente, assim como incontáveis outras  vezes!. Sendo a própria casa, mais um hotel do que um lar, não é de se surpreender que

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Assim, Tchecov contou toda sua angústia!

De tão disponível, tornei-me vulgar. De tão vulgar tornei-me inoportuno, como um cão sem dono. Sim! Ainda figuro na paisagem, até que me ateiem fogo ou, quem sabe, desavisado, cruze o caminho de uma bala perdida ou de um automóvel em alta velocidade. Creia! Já sonhei que era uma mecha. Todavia, se eu passar dessa dimensão para uma outra qualquer, isso, em nada alterará o cotidiano. Apenas consolidarei o que já sou a tempos, ou seja, nada; embora humano! Já não tenho nome a ser publicado nas notas de falecimento dos jornais ou mesmo quem dê pela minha falta. Claro! Nasci como todos nascem, mas faltou-me graça, porém, ora já não me faz diferença. De tudo, o que sempre me fez falta, foram ouvidos dispostos a escutar-me verdadeiramente, até que finalmente o encontrei. Obrigado amigo!