A curiosidade é natural a todos!
Por conta dela move-se o homem ao longo de seu processo evolutivo! Embora, cada ato, cada movimento seja precedido de uma avaliação, a grande maioria das pessoas, foi educada sob a égide do medo, desde a infância. Para muitos, a vinculação ao medo pode começar com o Bicho Papão em cima do telhado, com a Cuca que vem pegar ou ainda com o Boi da Cara Preta. Ao deixar o berço, as crianças ganham mobilidade. O medo de que venham a se aventurar com algo perigoso e longe dos olhos dos pais, levam esses pais a instituir a regra de que por princípio “tudo é perigoso ou proibido”. Assim, a criança tende a nada fazer sem antes perguntar se pode: “Mãe posso isso? Pai posso aquilo?” Tal regra costuma ser reforçada pelos professores, que precisam dar conta de manter a ordem em uma sala com 30 a 40 jovenzinhos irrequietos e baderneiros por natureza. Deste modo, o método do medo, aos poucos, vai se consolidando. “Professora! Pode ser a lápis? Pode ser com caneta vermelha? Posso apagar a lousa?” Além disso…… aos olhos de muitos professores, os melhores alunos são aqueles que menos interferem, menos perguntam e, em geral, são mais quietinhos. De certo modo, isso reforça mais o comportamento passivo do que o proativo. Não se pode afirmar que esse processo seja um fracasso, uma vez que chegamos até aqui e muito temos realizado, mesmo assim. É possível que sem o uso do medo e da coerção, pais e professores trabalhassem muito mais, até que as crianças chegassem à maturidade. Contudo, é bem possível que o número de empreendedores fosse bem maior, caso os pais ensinassem os filhos a serem mais autônomos desde o berço, do que pensar e decidir por eles enquanto puderem. Para a grande maioria dos pais os filhos serão sempre crianças, ainda que já passem dos 30 anos. A ideia não é a liberação geral e irresponsável, mas o acompanhamento, a orientação, sem o uso da coerção e do medo, ao menos, o mais que possível. É óbvio que respeito, moral, ética, civismo, altruísmo entre outras virtudes devem começar em casa. Por tudo o que aqui foi argumentado, a maioria das pessoas se apegam, por demais, ao conhecido e tendem a temer tudo aquilo sobre o que não tenham qualquer informação. Em outras palavras, se não há informações confiáveis, por princípio, deve ser ruim e perigoso. Talvez essa seja a razão que leva tantos à alegria, ao receber mais um fruto da fertilidade humana e ao desespero, ao se colocarem sob perspectiva do fim daquilo que, com certeza, pouco se deram a chance de conhecer e explorar, ou seja, a vida!
Marcondes 30 de Abril de 2013 01:02
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