Por mais que andes rodeado de autoridades, pessoas importantes, amigos e parentes, em algum momento da vida, te sentirás só e só tu serás tua própria companhia. Teu dinheiro e tuas posses nada valerão. Teus títulos de nobreza servirão para nada, nem toda a ciência que houveres acumulado, poderá te servir de vantagem. Teu cargo, teu posto, tuas tantas conquistas serão como cinzas de borralho. Todo o teu orgulho cairá por terra, como folhas secas que o vento carrega até que em um canto qualquer da terra se tornem húmus. Tuas ilusões, tuas esperanças, teus sonhos ficarão à porta, como se guardam casacos na chapelaria. Porém, a essa, chapelaria, em particular, costuma-se não poder retornar. Estarás nu ante tudo quanto possa te servir de alento e tudo o que te restará será apenas a consciência do legado que deixaste atrás de si; do bom ou do mal proveito que fizeste do teu tempo, do bem ou do mal que proporcionaste a cada ser vivente, que por ti tenha passado, não importa se animado ou inanimado. À tua frente apenas a soberana eternidade e seu caminho inalterável, incorruptível, insubornável, imutável e acima de tudo justo, justíssimo com tudo quanto tu fizestes em vida, para que então neste momento possas se sentir em profunda paz ou agonia infinda. Coragem ou medo, farão diferença alguma, nem a força, nem a esperteza, tampouco, o farão. Para tudo na vida há um tempo certo, menos para o amor. Ame incondicionalmente, seja bondoso, paciente, desapegado e altruísta o tempo todo. Enquanto em ti houver um último sopro de vida, ame e nada, absolutamente nada, poderá te curvar a espinha e ainda que deixes de existir, teu perfume será sentido pelos séculos dos séculos, teus rastros servirão de trilha a uma legião de seguidores e teu nome será sempre lembrado com honra.
Marcondes 05 de Maio de 2013 00:21
15 comments on “Amor, tua maior previdência!”