Sindicatos industriais e associações de classe já cumprem o papel de agregar empresas e profissionais de interesse comum para a organização de feiras,formação de colegiados, defesa de interesses comuns junto ao governo, normatizações técnicas, viagens de negócios, entre outros temas, porém atuam mais no nível patronal. Os engenheiros e técnicos de carreira, em sua maioria,vivem uma vida de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Eventualmente visitam alguma feira industrial para correr com os olhos estande por estande e,quem sabe, deter-se em algum expositor que tenha algo específico que estejam procurando e, aí sim, detêm-se por mais tempo a discutir uma determinada solução.
Existem entidades como a SAE – Society of Autmotive Engineers, que promovem eventos de difusão de tencnologia e reúnem muitos participantes. Contudo, ainda não atraem o contingente de profissionais que poderiam atrair e concentram-se mais no segmento automotivo. No Brasil, algumas associações de universidades também promovem congressos e encontros de engenharia interessantes, todavia,grande parte do público participante é predominantemente acadêmica.
Ultimamente, contudo, ao menos no campo da usinagem, algumas mudanças vêm alterando esse cenário. A iniciativa da Aranda Eventos e Congressos, por exemplo, que há alguns anos vem organizando um evento voltado para a usinagem,a exemplo do que fazia a extinta Sobracon – Sociedade Brasileira de Comando Numérico, consegue unir tanto indústrias, que precisam expor seus produtos e palestrar sobre seus recentes lançamentos, quanto pesquisadores de institutos e universidades, que desejam expor suas recentes pesquisas de laboratório.
Outra tendência tem sido os open houses promovidos periodicamente por diversos fabricantes de máquinas e também os eventos de lançamentos de produtos,organizado pelos fabricantes de ferramentas. O CoroPak, da Sandvik Coromant, é um exemplo. Duas vezes por ano reúne clientes dos mais diversos segmentos no campo da usinagem, além de alguns representantes de renomadas universidades. O evento apresenta novas soluções que podem atender de modo mais competitivo os contínuos desafios impostos pelas novas demandas em processos de produção e usinagem.
O atual cenário industrial, de estruturas muito enxutas e profissionais muito ocupados, faz com que engenheiros e técnicos mal consigam dar conta de todos os afazeres diários. Contudo, é imprescindível que o nível de ocupação não lhes prive da oportunidade de visitar feiras e participar de eventos dedicados às suas áreas de atuação e também não lhes sugue tanta energia que lhes tire o ânimo de voltar à academia, para um curso de aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos,pois toda empresa acaba limitada ao nível de competência de seus profissionais.