Vivemos em um modelo econômico cuja base de sustentação reside no consumo crescente e contínuo. A mídia, de modo geral, nos prega a necessidade progressiva de inovações e tecnologias, cada vez mais sofisticadas, para que possamos obter níveis sustentáveis de competitividade; o que, até certo ponto, é verdade. Ocorre, no entanto, que por mais avançada que seja uma tecnologia, ela precisará ser entendida, absorvida e aplicada, de modo eficaz, antes que os concorrentes o façam. É fundamental que haja competência e disciplina, pois tudo o que precisa ser feito, deve ser feito certo da primeira vez, na intensidade adequada, na hora exata, no lugar correto, na quantidade precisa, pela pessoa mais competente, garantindo máxima produtividade, mínimo custo e alta flexibilidade.
A fim de que todos esses eventos ocorram a contento é preciso ter como base um planejamento estratégico bem elaborado. Contudo, planejar por si só nada garante. Só as pessoas poderão garantir alguma coisa e enquanto elas não entenderem muito claramente o que, quanto, como, onde e por que deve ser feito e, também, que desdobramentos benéficos tais ações trarão para si mesmas, não o farão da melhor maneira. Em geral o pensamento estratégico está muito claro na alta cúpula, porém, à medida que tais pensamentos descem em direção ao chão de fábrica vão perdendo a clareza pelo caminho e nada será perfeito sem um perfeito entendimento.
A maioria dos gestores é perita nos aspectos técnicos e administrativos dos processos internos a uma empresa, mas não possuem a mesma desenvoltura, quanto à comunicação com a base da pirâmide hierárquica. Uma das razões para que isso ocorra é que, após anos de estudos, as pessoas de nível mais elevado, costumam perder um fator fundamental, para que qualquer estratégia seja bem explicada, entendida e aplicada. Esse fator se chama simplicidade e poucos têm noção do poder e da beleza contida nessa pequena virtude!
Marcondes 05 de Abril de 2013 03:20
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