Ler é viver, mas há que se saber ler!
Sou professor universitário há muitos anos. Me considero um bom leitor. Em minhas aulas sempre faço referências aos livros que li. Recentemente, Valdo e Bruna, dois alunos meus, me solicitaram que lhes fizesse sugestões de livros para leitura. Uma solicitação, aparentemente, fácil de atender, todavia me levou a altas reflexões, talvez até desnecessárias.
Ler é um ato solitário, a não ser que alguém decida ler em voz alta, atendendo ao pedido de alguém, a fim de compartilhar o que estiver lendo. Creio eu, que a leitura, para ser considerada útil, deva acrescentar conhecimento e, se possível, sabedoria à pessoa que lê. O ato de ler, deveria, ao menos, garantir algum prazer e entretenimento ao leitor. O ideal é que, como resultado, ao fechar a última página alguma carência tenha sido suprida.
Foi a partir desse ponto que comecei meu questionamento: Se a leitura deve atender alguma carência, cabe lembrar que pessoas diferentes tem carências e gostos distintos! Deste modo, um livro que muito agradou a um, pode não atender às expectativas de outro. Por onde começar então?