O tempo passará de qualquer modo e continuará passando, pois o tempo é eterno, enquanto tu não. O tempo, simplesmente, é, como sempre foi e sempre continuará sendo. Se é que ele, o tempo, em verdade, existe, pois trata-se de um elemento sem pressa, por si mesmo. É provável que ele só exista para os mortais, para quem tudo, necessariamente, tem um início, um meio e um fim. O tempo é quem põe a consciência de muitos em xeque, tão logo esses percebam a brevidade da própria vida! Pois, essa implacável senhora, quase sempre, se apressa em apresentar a conta a cada um, pelas decisões que tomou ou deixou de tomar, pelas emoções que viveu ou deixou de viver.
Ninguém há de se salvar das críticas, se é que almeja agradar a todos! Cabe ainda ressaltar, que a crítica mais severa, vem, justamente, daquele que adoraria estar no lugar do criticado, todavia, faltou-lhe coragem para tanto. Assim, justifica-se da própria incompetência, ao classificar como inadequada uma atitude que, no fundo de si, lhe faria tanto bem, dada a profunda carência que tem, por emoções que é incapaz de viver. Falta-lhe grandeza, para aceitar suas frustrações pessoais e humildade para aceitar que também é humano, embora, muitas vezes, o auto-engano o leve a acreditar que transita em um plano superior e, bem por isso, sente-se credenciado a criticar.
Haveria mesmo uma idade adequada para a ousadia, para dar, quem sabe, um pouco menos de valor ao julgamento alheio e um pouco mais de permissão aos próprios impulsos? Seria mesmo a inocência que isenta as crianças de culpa? Seria, por ventura, a rebeldia e o excesso de testosterona que justifica ação dos adolescentes? Seria, quem sabe, a louca paixão que lidera os românticos aos atentados contra o que fora estabelecido como moral e socialmente recomendável? Ou, seria o fato de as pessoas sempre se julgarem aquém da isonomia do amor à qual têm direito e, por esse motivo, imporem-se tão rígido controle?
Viver em sociedade, necessariamente, implica em se observar certos limites. Ocorre, que, na maioria das vezes, muitas pessoas se proíbem de certos prazeres, mais pela severidade moral própria, do que pelo quanto os demais, ao redor, iriam se importar. Obviamente, há que se ter a inteligência de se criar um contexto favorável, para que o resultado, em nada, venha, de fato, ferir a algum terceiro e nem privar alguém das delícias, que por natureza e direito lhe cabem!
Quanto mais realizada seria uma pessoa, que tomasse a decisão de, a partir de hoje, ser 15 % mais ousada? E se essa pessoa, por exemplo, fosse você? Será que seria mais autêntico ou optaria por privar-se e envergonhar-se de algo que em essência pode o estar, desde há muito, custando-lhe a plena felicidade!
Marcondes 03 de Outubro de 2013 01:54
10 comments on “Seja menos rigoroso consigo mesmo!”