Marketing consiste no conjunto de ações que sirvam para demonstrar a um público objetivo, o quanto se é apaixonado por ele. Tais ações devem ser praticadas até o ponto em que esse público passe a corresponder, ao menos satisfatoriamente, ao esforço despendido em busca de agradá-lo, pois se tal paixão for custar a vida do apaixonado é melhor procurar um novo amor.
Ações de marketing bem executadas servem para demonstrar o quanto esse público objetivo é importante para o executor de tais ações. E tudo isso para quê? Para conquistar a condição de predileto, de eleito, de escolhido.
Como na conquista de um grande amor, marketing requer zelo, educação, atenção aos detalhes, cuidado, gentileza, delicadeza, paciência, respeito, confiança, sinceridade, presteza, ética, finesse, comprometimento, proatividade, surpresas agradáveis, presentes, obstinação, lembrança, gratidão, enfim, tudo aquilo que se espera encontrar em um príncipe apaixonado, que busca pela predileção e fidelidade da bela adormecida.
Se ao ler a lista acima você já se cansou, ainda não está preparado para se tornar uma lenda no marketing. À primeira vista pode parecer um custo muito elevado, porém, quem pensa assim, certamente nunca terá o prazer de provar dos lábios da mulher mais bela do mundo.
Exceto masoquistas, pessoas bem tratadas costumam corresponder ao tratamento recebido, pessoas super bem tratadas, na grande maioria das vezes, tornam-se fiéis, defensores, devotos, propagandistas, evangelistas daquele que os cativou. Pessoas nesse estado de espírito valorizam mais o relacionamento do que o custo por mantê-lo. Não será uma oferta de preço menor que os irá arrebatar.
Em geral, todo ser humano ama ser bem tratado, pois assim o merece. O grande desafio é consolidar na empresa uma cultura que faça com que todo e qualquer funcionário pratique marketing de coração, pois, um amor fingido em pouco tempo será desmascarado e não tardará a vingança e a traição por parte daquele que se sentir enganado. O problema é que a maioria dos empresários não consideram o marketing, como o deveriam. Muitos o tomam da empresa para fora e não ao contrário. Alguns fazem de tudo para os clientes externos, porém, não cuidam devidamente do público interno, que é justamente quem fará o atendimento daqueles que deveriam se surpreender com um atendimento superior. Outros ainda, se esquecem de praticar a mesma filosofia com sua rede de fornecedores e assim por diante. O verdadeiro marketing, não pode ser tratado em apenas uma ou duas perspectivas, mas sim de modo holístico e universal. Deve ser um modo de vida. É possível que os recursos momentâneos limitem as ações apenas a uma direção, contudo, como filosofia e intenção deve contagiar em todas as direções.
Todos estão sujeitos às mesmas intempéries do mecado, porém, ao se ajustar a oferta àquilo que corresponda às reais necessidades e desejos (talvez até às fantasias) do cliente, ao se praticar um preço, que se justifique pelo nível de atendimento e serviços oferecidos, ao se cumprir todas as promessas feitas durante a negociação e dando ao cliente um tratamento diferenciado, quase sempre isso resultará em um relacionamento mutuamente feliz.
É comum empreendedores procurarem conselhos com os especialistas em marketing, com o propósito de melhorarem o desempenho de suas respectivas vendas. Ocorre que uma empresa não vive só de marketing. Problemas podem ocorrer em outras áreas que estejam sob jurisdição e competência de outras gerências, como produção, recursos humanos, finanças, TI (Tecnologia da Informação), etc. Contudo, se o problema estiver, mesmo, em marketing, a solução estará na melhor gestão de um ou mais dos 4 Ps (Product, Price, Place and Promotion) conforme preconizado por autores Americanos, ao tratarem do mix de marketing, que eu, particularmente, prefiro distribuir em: Produto, Preço, Promoção, Propaganda, Publicidade, Distribuição e Venda Pessoal. Procurarei tratar de cada um deles em posts futuros.
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Antecipadamente agradeço,
Marcondes (11/09/2012)
8 comments on “Marketing para quê?”