Isolar-se, por vezes, é muito útil, serve para sanear a mente cansada, estressada, ferida , quem sabe, magoada. Acalma o pulso, enquanto se busca sentido em tudo aquilo que nos leva a condição de nada, ou seja, querer nada, pensar nada, olhar nada, fazer nada, cobrar-se de nada, falar nada, ouvir nada, ser nada, ajuizar nada, reagir a nada; absolver-se de tudo, render-se ao pó, que em verdade somos. Tornar-se nulo ante tudo, consolidar-se em torno do nada, apenas existir, já que nos sopra o fôlego e só. Para chegar a esse estado, há pelo menos três possibilidades. Somos, por demais, elevados para que nos entendam. Somos, por demais, limitados para entender aos que nos rodeiam. Somos nem isso, nem aquilo. Somos como tantos e tantos outros. Apenas seres humanos gestando, por este meio, o amadurecimento. Nada a celebrar. Nada a fazer, até o ânimo, por si só, reaparecer. Não toque, não fale, observe de longe, seja um ombro amigo e deixe adormecer.
9 comments on “Para momentos em que nada faz sentido!”